Dennis Mantovani - mar 12, 2020

Uso da tecnologia por crianças: qual é o limite?

Crianças com tablet: quais são os benefícios da tecnologia na educação?

Ao acordar pela manhã, qual a primeira coisa que você faz? Algumas pessoas, antes mesmo de fazer sua higiene pessoal e a primeira refeição, se apressam para olhar se há novas mensagens no celular.

A verdade é que os indivíduos estão cada vez mais cercados de tecnologias por todos os lados, inclusive as crianças. Como são extremamente influenciáveis pelos adultos – elas tendem a reproduzir, no ambiente social, o comportamento dos familiares.

Mas qual será o momento ideal para introduzir a tecnologia definitivamente ao cotidiano dos pequenos? Como garantir que essas experiências sejam positivas? E, principalmente, como impor limites?

Como a tecnologia afeta o desenvolvimento da criança?

Em cartilha disponibilizada no site da Sociedade Brasileira de Pediatria, a classe médica alerta para o fato de que a utilização de jogos on-line e demais recursos sem nenhum controle pode provocar dificuldades de socialização.

Em casos mais graves, nos quais se configura uma relação de dependência, a criança pode desenvolver problemas físicos e auditivos, ocasionados pelo uso de headphones, além de favorecer uma condição sedentária e um comportamento potencialmente agressivo.

Partindo desse princípio, os especialistas rejeitam qualquer contato da criança com o universo digital antes dos dois anos. Depois, essa inserção deve acontecer gradativamente, respeitando-se as etapas do desenvolvimento cerebral, mental e psicossocial dos pequenos.

Em qualquer idade, porém mais especificamente na primeira infância, ressalta-se a importância de brincar com os filhos, proporcionando-lhes experiências reais. Isso é fundamental para que, depois, elas consigam compreender o conteúdo da segunda tela. 

Mas então, de que maneira incluir a tecnologia na infância?

Se por um lado o excesso de tecnologia pode ser prejudicial, por outro, a sua ausência chega a ser quase impensável nos dias de hoje. A tecnologia não é uma vilã.

O grande segredo é a utilização com bom senso.  Até os cinco anos, o tempo recomendável é de, no máximo, uma hora por dia. Outro conselho é o de que crianças não tenham televisão no quarto antes dos dez anos.

À medida que os filhos crescem, esteja preparado para negociar. É imprescindível estabelecer limites de horários, visando um equilíbrio entre a vida on-line e as atividades reais.

Também oriente-os acerca de algumas precauções básicas: não fornecer endereço, tampouco compartilhar fotos ou informações pessoais com desconhecidos. Faça o uso de programas que permitam monitorar os sites pelos quais os pequenos navegam. 

Qual o papel da tecnologia na escola?

Por último, cabe ressaltar os vários benefícios da tecnologia na educação: os novos recursos ampliam significativamente as possibilidades de ensino, tornando o processo de aprendizagem mais divertido.

Jogos on-line, por meio do uso de tablets, por exemplo, realçam a importância do flerte com o lúdico: enquanto está tentando resolver o enigma proposto pela partida, a criança recorre a conceitos das mais diversas matérias.

Com isso, ela descobre o prazer em adquirir o conhecimento e passa a buscá-lo por conta própria, sem que essa tarefa seja encarada como uma obrigação. A maior contribuição das brincadeiras, portanto, é fazer com que os baixinhos descubram a utilidade de determinado conteúdo em seu dia a dia.

Explorar os benefícios da tecnologia na educação é um compromisso que o Dom Bosco Infantil renova diariamente. Se você é mãe ou pai de uma criança ou adolescente, conte para a gente, nos comentários, suas experiências com esse tema!

Ah, e se o seu problema é fazer as crianças se desgrudarem um pouco dessas tecnologias, confira esse outro artigo sobre 5 dicas infalíveis para lidar com a birra dos filhos!

Quero dicas para lidar com as birras!

Escrito por Dennis Mantovani

Media Management do grupo Dom Bosco. Filho de paulista e potiguar, nascido no Pará em 1991 e morando no Maranhão desde 2009.